A câmera Pin lux, feita a partir de uma caixinha de fósforo, utiliza filme fotográfico colorido e permite um tempo de exposição bem menor, comparado à latinha. Com a câmera pin lux, por ser mais sensível a luz, os jovens fotógrafos do Mão na Lata privilegiaram em seus autorretratos cor, os ambientes internos, suas casas, a escola, os espaços de convívio.

 

Voltar a câmera para si próprio é algo muito natural para os jovens hoje. As imagens são produzidas em profusão para circularem nas redes sociais virtuais. Concebemos o autorretrato como um exercício por meio do qual o jovem olha para si e para sua vida, e entra em contato com suas potencialidades de forma criativa. O desafio desse exercício é fazer com que os jovens entendam o autorretrato como um exercício de reflexão crítica sobre si mesmo e seu entorno. O autorretrato é entendido por nós de um modo expandido, capaz de revelar tanto a casa, os amigos, a família e os percursos do fotógrafo, como de traduzir um estado de espírito, um poema ou uma paisagem.